A palavra “Literacias” esteve em destaque este verão em Portugal, graças a uma notícia relativa ao currículo escolar. Este é o nome de uma nova disciplina obrigatória no ensino secundário, no âmbito dos projetos-piloto de inovação pedagógica. “A nova disciplina inclui Literacia Financeira, Comercial, Laboral e Participação Democrática”, explicou o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), citado pelo jornal Público.

Esta inovação é ilustrativa da importância que várias literacias têm assumido no mundo contemporâneo. Para além da ideia de literacia em sentido estrito – a capacidade de ler e compreender o que é lido – o conceito é hoje aplicado a campos específicos do saber. Para além dos exemplos referidos pelo MECI, muitos outros poderiam ser destacados.

Literacia digital: um objetivo fundacional da NAU

A palavra literacia está presente num dos objetivos fundacionais da NAU. “Estimular a literacia digital” é um dos três objetivos centrais definidos em 2019, na altura da criação de um projeto pioneiro em Portugal, de suporte ao ensino e formação para grandes audiências através, utilizando ferramentas digitais e online. Para além desta dimensão, ao longo dos anos, muitas outras literacias têm sido trabalhadas em formações NAU.  

Um dos exemplos mais claros, como referido nos objetivos da NAU, é relativo à literacia digital. Vários cursos da NAU – promovidos por entidades como o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) ou a MetaRed Portugal – têm ou tiveram como objetivo dotar a população portuguesa das aprendizagens e competências básicas na utilização de ferramentas digitais, através da partilha de princípios base de cibersegurança ou de privacidade.

A expansão para outras literacias

Outra das literacias trabalhadas pela NAU diz respeito à literacia ambiental. Graças a cursos dinamizados por entidades como a Casa Comum da Humanidade ou instituições de ensino superior portuguesas, tem sido possível a milhares de cidadãos e cidadãs melhorar a sua compreensão dos fenómenos relacionados com a crise climática, conhecendo as melhores formas de mobilizar uma resposta que tenha como prioridade o conceito de sustentabilidade.

Num contexto marcado pela crescente desinformação online, uma das literacias indicada como fundamental é relativa ao consumo de informação. Nesse particular, organizações como o Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR) e iniciativas como o programa INCoDe.2030 desenvolveram cursos que abordam a literacia mediática, dotando a população de qualificações para identificar notícias e informações falsas online.

Outros exemplos poderiam ser fornecidos, como cursos da NAU que abordam temas como a literacia em saúde, literacia financeira ou a literacia democrática. Em comum, as formações da NAU procuram dotar a população portuguesa de qualificações relevantes, que façam a diferença na sua vida. Um objetivo que continuará a guiar a criação de novos cursos, no futuro.

Enquadrado no financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), até 2026, a plataforma NAU compromete-se a trazer melhorias ao software, proporcionando uma melhor experiência de aprendizagem aos seus utilizadores e expandindo o seu catálogo de formações. Também a mais recente transição para o universo da edX.org, através do projeto PortugalX, levará a sua missão mais longe, contribuindo para os vários tipos de literacias além fronteiras.

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Conheça o projeto PortugalX: https://www.edx.org/school/portugalx