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ArtigoCiências da Saúde e da Vida18/11/2024
As bactérias foram algumas das primeiras formas de vida na Terra e podemos encontrá-las um pouco por todo o lado – no solo, na água, na nossa pele e, até, dentro do nosso corpo. Embora muitas dessas bactérias sejam inofensivas ou até mesmo benéficas, outras podem causar infeções graves.
Graças aos antibióticos – medicamentos usados para prevenir e tratar doenças infeciosas em humanos, animais e plantas –, muitas dessas infeções podem ser tratadas. Contudo, ao longo dos últimos anos, um novo elemento surgiu nesta equação: a resistência das bactérias a estes medicamentos, um fenómeno que representa uma ameaça real à saúde pública.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência aos antibióticos ocorre quando as bactérias se tornam imunes aos medicamentos usados para tratá-las, tornando as infeções mais difíceis de curar. A utilização excessiva e inadequada desses medicamentos tem sido uma das principais causas dessa resistência, quer ao nível da prescrição, quer da automedicação ou mesmo da sua utilização na agricultura. Todos estes fenómenos favorecem, então, a propagação das chamadas “superbactérias”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a resistência antimicrobiana (RAM) é “uma das principais ameaças globais à saúde pública e ao desenvolvimento”. Em maio de 2024, a OMS publicou uma lista de 15 bactéricas que considera serem uma ameaça à saúde humana, como noticia o jornal Público. No mesmo documento, a OMS estima que a RAM bacteriana tenha sido diretamente responsável por 1,27 milhões de mortes a nível mundial, - em 2019, contribuindo para quase 5 milhões de mortes.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são vários os pontos a considerar para combater este fenómeno, tais como “a importância das vacinas nos esforços globais", promovendo a investigação para as mesmas. Por outro lado, acrescenta a ONU, será importante “diminuir o uso e abuso de antimicrobianos”, bem como fomentar a prevenção de infeções e o acesso a diagnósticos de qualidade, sendo possível avaliar casos em que o corpo consegue recuperar naturalmente.
É ainda essencial abordar o uso de antibióticos na agricultura, promovendo o uso prudente e responsável de antibióticos em animais. Para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o foco deve passar pela “promoção de boas práticas de agricultura e biossegurança destinadas a prevenir a infeção na pecuária, aquicultura e produção de culturas”.
Existe ainda a necessidade de uma comunicação de qualidade sobre todas estas temáticas, de forma a contribuir para uma maior e mais eficaz consciencialização da importância do correto uso dos antibióticos. A educação online é uma das melhores formas de comunicar estas informações essenciais aos cidadãos, garantindo conhecimentos e competências ajustados aos desafios atuais.
Na Plataforma NAU, poderá encontrar vários cursos abertos, massivos e online na área da saúde que podem, em vários contextos, aumentar os conhecimentos e competências dos cidadãos. Descubra todos os cursos disponíveis na área da saúde em nau.edu.pt.
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