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ArtigoFormação e Educação30/07/2024
Começamos pela definição. O que distingue competências hard e soft? A distinção foi criada de forma a agrupar dois grupos de capacidades. De um lado, temos as competências técnicas necessárias para desempenhar determinada profissão – as chamadas hard skills. Estas podem ser, por exemplo, relativas a competências de design gráfico, de programação ou de análise de dados. Do outro lado, encontramos as competências transversais ou soft, que normalmente designam capacidades comportamentais ou relacionais, complementares às competências técnicas. São exemplos a capacidade de trabalho de equipa, de adaptação ou de liderança.
Em 2019, a consultora McKinsey dedicou um inquérito à questão: “As empresas recompensam as competências hard e soft da mesma forma?”. As razões para esta questão de partida prendem-se com o crescimento “das soluções de inteligência artificial e machine learning” que estão a revolucionar o mercado de trabalho. De acordo com a McKinsey, na altura do inquérito, 80% das empresas e organizações tinham já começado um processo de transformação digital. Como resultado, até 2055, “metade das tarefas do mundo do trabalho têm o potencial de ser automatizadas”, explicam.
Neste contexto, explica a consultora norte-americana, as competências transversais são “muito mais difíceis de replicar através de automação e inteligência artificial” – uma realidade que está “no núcleo de uma mudança iminente de paradigma”. “As empresas devem encorajar os seus trabalhadores a desenvolver novas competências – tanto hard como soft”, concluem.
Mais recentemente, em 2023, a mesma questão foi abordada por Ernie Cecilia, no portal Microsoft Start. Para a especialista, a automação e a inteligência artificial “vão provavelmente tornar algumas competências técnicas obsoletas”. Neste contexto, “as competências transversais vão ser cada vez mais importantes”. As empresas parecem despertas para esta realidade. O relatório do LinkedIn Global Talent Report indica que 92% dos recrutadores de talento consideram as competências transversais tão ou mais importantes que as competências técnicas.
Já em maio de 2024, a revista Forbes publicou um artigo do CEO de uma empresa de software sobre “o poder invisível das competências transversais”. De acordo com o autor, Nacho de Marco, embora a indústria tecnológica se tenha focado predominantemente em competências técnicas, existe hoje um grande foco nas soft skills. “Estas são competências adquiridas pela moldagem consciente das nossas ações e comportamentos”, destaca. No caso da indústria tecnológica, Nacho de Marco destaca cinco competências transversais “críticas”: adaptabilidade e resiliência, pensamento crítico, resolução de problemas de forma criativa, inteligência emocional e comunicação efetiva.
Este contexto parece estar refletido também nos dados mais recentes relativos ao mercado de trabalho. De acordo com o LinkedIn, “as competências transversais levam a promoções mais rápidas”. Num relatório elaborado no início de 2024, baseado em dados da plataforma, foi possível concluir que trabalhadores empregados a tempo inteiro que possuem competências transversais são promovidos 8% mais rápido que aqueles que possuem apenas competências técnicas. “Esta é uma afirmação do impacto concreto das soft skills”, destacam os autores, antes de concluir: “mesmo que sejam competências difíceis de medir, têm um impacto mensurável”.
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