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Artigo27/09/2023
"Técnicas para uma força de trabalho mais flexível”. É este o terreno comum que a plataforma LinkedIn Learning encontra entre dois conceitos fundamentais nos universos do mercado de trabalho e formação profissional – o upskilling e o reskilling. “Ambos os processos são similares, no sentido em que ajudam os trabalhadores a expandir o seu conhecimento, mas diferem na natureza das competências aprendidas e nos seus objetivos finais".
O mesmo artigo traz-nos as diferenças entre estas duas tendências. Se o upskilling consiste no investimento de um trabalhador “no aprofundamento do seu leque de competências”. Estas competências e conhecimentos adicionais melhoram depois a performance no papel atual, podendo também “fazer o trabalhador avançar ao longo da sua carreira profissional”.
Já o reskilling diz respeito a uma situação em que o colaborador de uma empresa ou organização obtém “novas aprendizagens que estão fora do seu conjunto de competências”. Estes novos conhecimentos são, muitas vezes, “muito próximos das funções atuais, mas podem mesmo conduzir a um percurso profissional totalmente novo”.
A relevância das aprendizagens
Os dois conceitos têm sido apontados como estratégicos na gestão de recursos humanos, ao longo dos últimos anos. A revista Forbes, por exemplo, publicou, em fevereiro deste ano, o artigo “Porque o upskilling e o reskilling são essenciais em 2023”. “Ao longo da história, forças como a globalização têm reformulado a maioria dos postos de trabalho”, explica John Hall, detalhando que “a evolução tecnológica, nomeadamente relativa à Inteligência Artificial, vai revolucionar estes postos ainda mais”.
De acordo com o Fórum Económico Mundial, ao longo dos próximos 10 anos, o surgimento de novas tecnologias, nomeadamente no campo da automação, vai “criar um fluxo de novos postos de trabalho em profissões emergentes”.
Para se adaptarem a este contexto de mudança, continua John Hall, as empresas “necessitam de talento com competências que respondam às necessidades do mercado”. É neste ponto, acrescenta, que entram em campo o upskilling e o reskilling – “duas ferramentas à disposição dos empregadores que são extremamente eficientes no desenvolvimento de talento”.
O artigo da Forbes elenca depois algumas das vantagens destes dois métodos, onde se destacam a possibilidade de crescimento no seio de uma organização ou empresa, a criação de soluções internas, o aumento da produtividade e da satisfação dos trabalhadores, a poupança de custos ou o reforço da competitividade no mercado global.
O papel da formação à distância
Num contexto de necessidade de ajuste de competências a um mundo em mudança, qual pode ser o papel da educação online? A Universidade de Stanford considera que “um curso online ou um webinar são as formas mais rápidas e acessíveis de apostar em upskilling”. Uma das vantagens do mundo da educação online, refere a mesma fonte, é a possibilidade de escolher temas e áreas de interesse específico “trabalhando e refletindo sobre as aprendizagens-chave, antes de aprofundar o desenvolvimento com o próximo curso”.
Este tem sido, de resto, um campo em que as instituições de ensino superior têm apostado. Também a Universidade de Berkeley dedica uma página aos fenómenos de upskilling e reskilling destacando o papel que os cursos online podem ter nesta dinâmica. No contexto nacional e lusófono, a Plataforma NAU é parceira de várias entidades que apostam no aprofundamento e complemento de competências, sendo essa parte essencial da sua missão – “promover uma cultura de conhecimento e aprendizagem contínua”.
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