17/06/2024
“A literacia climática universal é o caminho para a emissão zero”. É desta forma que o diretor de inovação e educação do Instituto de Estudos Avançados da Universidade das Nações Unidas, Jonghwi Park, resume a sua visão sobre o combate à crise climática. Num artigo assinado na Diplomatic Courier, o especialista começa por salientar como “a escala da crise faz com que as ações individuais pareçam tão insignificantes como uma gota num vasto oceano de desafios”.
Neste contexto, é difícil aos cidadãos conseguir adoptar um estilo de vida orientado pela diminuição das emissões. Por essa razão, a literacia continua a ser, reforça Jongwhi Park, uma parte fundamental da resposta: “A Educação pode aumentar a consciência pública das relações de causa e efeito que estão na base da mudança climática, empoderando indivíduos para tomar decisões informadas”.
Este tipo de ação, recorda a Allianz, pode ser particularmente relevante, tendo em conta os resultados de um estudo do Instituto Reuters sobre o impacto do acesso massivo a informação. “A omnipresença de certos tópicos [como a crise climática] pode levar a um afastamento emocional e à ignorância”, recordam, destacando como a investigação da Reuters concluiu que existe a tendência para “uma fuga seletiva de notícias específicas, por serem vistas como excessivamente repetidas ou emocionalmente esgotantes”.
A Allianz realizou recentemente a segunda edição do seu inquérito sobre Literacia Climática, num estudo que envolveu 8000 participantes de oito países. Os resultados finais mostram que 48,2% dos participantes possuem “baixa literacia climática”. Por outro lado, apenas 7,9% evidenciam “conhecimentos climáticos avançados”.
Neste contexto, a formação surge como um pilar essencial do combate climático. Um estudo recente da Deloitte mostra que as empresas que formam os seus trabalhadores para a sustentabilidade aumentam os níveis de satisfação e aceleram o impacto, estimulando a mudança organizacional profunda. Uma investigação da Salesforce traz-nos um dado que revela a receptividade dos colaboradores para esta missão – 8 em 10 trabalhadores em todo o mundo quer ajudar a sua empresa ou organização a funcionar de forma sustentável.
Estas são algumas das razões, recorda a Sustentability Magazine, que levaram a Comissão Europeia a criar uma directiva orientada para a formação climática de trabalhadores, colaboradores e outros stakeholders por parte de mais de 60 mil empresas e organizações.
Tendo em conta estas necessidades, a formação online – e em específico os MOOC – são poderosas ferramentas para conseguir levar aos cidadãos conhecimentos e competências fundamentais para combater as alterações climáticas. Na Plataforma NAU, poderá encontrar várias formações na área do ambiente, sustentabilidade e literacia climática. Consulte a nossa oferta formativa em https://www.nau.edu.pt/cursos
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