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Turismo sustentável: um caminho para proteger o planeta e as comunidades

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ArtigoCiências Naturais e Ambiente

27/09/2025

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No Dia Mundial do Turismo, data instituída pela ONU Turismo em 1979, olhamos para o setor como importante motor económico e cultural, cujo planeamento se deve coadunar com o respeito pelo meio ambiente e pelas comunidades.

A mensagem central da ONU Turismo é clara: “o turismo é mais do que um sector económico, é um acelerador do progresso social”. Para se afirmar como motor deste progresso, deve equilibrar a criação de empregos com a promoção da educação e de oportunidades inclusivas para toda a gente. É, então, essencial uma governação eficaz que se baseie no planeamento estratégico, acompanhamento rigoroso e o estabelecimento de prioridades bem definidas que coloquem a sustentabilidade, a resiliência e a equidade social no centro do seu desenvolvimento. 

A transformação do setor depende de investimentos responsáveis, alinhados com a ação climática e na gestão sustentável dos recursos naturais, reduzindo emissões e protegendo ecossistemas, não descurando os impactos sociais. Também é crucial investir em educação e capacitação, sobretudo para comunidades vulneráveis, além de apoiar micro, pequenas e médias empresas e negócios inovadores. Desta forma, o turismo poderá contribuir para um futuro mais sustentável e resiliente. 

Como promover viagens éticas e sustentáveis? 

 Existem várias formas de cultivar e divulgar a importância de práticas de turismo mais sustentáveis e responsáveis. Uma das mais eficazes é a partilha de experiências, que pode ser feita através de blogs de viagem, tendo o potencial de funcionar como janelas para novas perspetivas. 

Num artigo da Associação de Bloggers de Viagem de Portugal (ABVP) - organização sem fins lucrativos cuja missão se baseia em promover o desenvolvimento profissional dos bloggers que atuam no segmento de turismo, estimulando, em simultâneo, a criação de relações éticas e transparentes com os leitores e parceiros - é reforçada a ideia central de que o setor do turismo não pode ignorar a sua responsabilidade relativamente aos desafios ambientais e sociais inerentes à atividade. Devido ao seu crescimento considerável, este setor representa hoje cerca de 8% das emissões globais de gases com efeito de estufa, levando a fenómenos como o overtourism, que ameaçam a autenticidade de destinos e a qualidade de vida das comunidades locais. Cidades bastante afetadas pelo fenómeno, como Veneza ou Barcelona, já impuseram medidas restritivas para conter o fluxo turístico, mostrando que a gestão responsável deste setor é cada vez mais urgente. Alternativas como o turismo regenerativo e o turismo de base comunitária preveligiam práticas que devolvem valor aos territórios e envolvem as comunidades na criação de experiências.

Quer o turismo regenerativo, quer o turismo de base comunitária, têm como principal premissa "deixar o local melhor do que se encontrou inicialmente", retribuindo e apoiando as economias locais. Nestes casos é essencial a participação ativa das comunidades locais na gestão das experiências e na partilha dos benefícios económicos. Estas formas de turismo permitem aos viajantes um contacto mais autêntico com tradições e modos de vida, fortalecendo a identidade local e promovendo um desenvolvimento mais justo.

Para além da sustentabilidade, existe também uma dimensão ética que não deve ser ignorada. Questões como exploração laboral, turismo sexual ou a mercantilização de culturas vulneráveis exigem turistas mais conscientes e empresas mais responsáveis. 

Os blogs de viagem podem, assim, tornarem-se aliados estratégicos, ao partilharem histórias autênticas, inspirarem escolhas mais informadas e ajudarem a transformar a curiosidade por conhecer o mundo numa prática de viagem ética, sustentável e enriquecedora.

Sustentabilidade e turismo em Portugal 

Portugal tem batido recordes no setor do turismo. Em 2024, foram ultrapassados os 30 milhões de visitantes estrangeiros, que geraram receitas acima dos 27 milhões de euros. Já em 2025, o setor de alojamento turístico registou 18,2 milhões de hóspedes até o mês de julho. 

Segundo o Turismo de Portugal, a Estratégia Turismo 2027 (ET 2027) definiu como prioridade a valorização do turismo enquanto motor de desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o país, alinhando-se com o Pacto Ecológico Europeu, cuja transição ecológica se encontra no centro das prioridades estratégicas. Com a Estratégia Turismo 2035 (ET 2035), o país procura reforçar essa posição, baseando a sua vantagem competitiva nos princípios da sustentabilidade, na diversidade da oferta e na valorização das suas características únicas e inovadoras. Dando continuidade aos resultados alcançados com o anterior Plano Turismo +Sustentável 20-23 e em alinhamento com a ET 2035, o Turismo de Portugal encontra-se a preparar um novo plano com horizonte até 2030 — o Plano Sustentabilidade, Economia Circular e Agenda Climática para o Turismo | Turismo +Sustentável 25-30. Este pretende consolidar os progressos dos últimos anos e estabelecer metas ainda mais ambiciosas, em consonância com os desafios globais e locais, assumindo como eixos fundamentais a economia circular, a neutralidade carbónica e a transição digital. 

A nível de projetos nacionais, o Turismo Centro de Portugal destaca diversas propostas de turismo sustentável que evidenciam a diversidade e a riqueza do centro do território português, promovendo o equilíbrio entre desenvolvimento económico, proteção ambiental e valorização cultural e da identidade local. Entre essas iniciativas, assumem particular relevância os projetos distinguidos na edição de 2025 dos Concursos do Turismo Centro de Portugal. Projetos como o Bussaco Eco Park, o Ride & Tile ou a Rede de Aldeias Turísticas do Planalto das Cesaredas demonstram como é possível criar experiências diferenciadoras que respeitam o território, enquanto contribuem para o enriquecimento científico e para a diversificação da oferta turística.

O Turismo Centro de Portugal destaca também o "papel fundamental do setor para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. O alinhamento do Centro com estas problemáticas já vem de há muitos anos, mais concretamente desde 1922, com a criação do Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal (OTSCP), que tem como principal missão a monitorização dos impactos económicos, ambientais e sociais da atividade turística na região.

Formação online em turismo sustentável 

A formação é essencial não só para reforçar a consciência sobre a importância da sustentabilidade no turismo, mas também para garantir que esta se torne uma prática cada vez mais enraizada. Nesse sentido, a Plataforma NAU promove o curso online e gratuito “Desenvolvimento Sustentável em Turismo”, dinamizado pelo Instituto Politécnico de Tomar. Destinado a profissionais, estudantes e entusiastas deste setor, o curso combina fundamentos teóricos e casos práticos, preparando os participantes para aplicar estratégias que conciliem desenvolvimento económico, preservação ambiental e valorização cultural. A formação tem uma duração de 25h, podendo ser concluída ao ritmo do estudante. As inscrições estão abertas até janeiro de 2026. 

Desenvolvimento Sustentável em Turismo

OrganizaçãoInstituto Politécnico de Tomar
Código do cursoDESUSTUR
Data do curso Inscrições abertas
O curso completo pode ser efetuado sem custos.

A Plataforma NAU é cofinanciada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). 

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