26/01/2025
Durante as últimas três décadas, as Nações Unidas têm feito esforços para reunir os países do mundo em cimeiras globais sobre o clima e as alterações climáticas. É neste contexto que surgem as COP (Conference Of the Parties, em inglês, o que significa “conferência dos partidos").
Durante a COP26, que se realizou em Glasgow, em 2021, foi assinado o Pacto Climático, que estabelece vários objetivos de combate às alterações climáticas, nomeadamente garantir emissões líquidas zero até meados do século. Outras metas consistem na eliminação do carvão e investimento em energias renováveis, na adaptação para proteger comunidades e habitats naturais, na mobilização de financiamento para o clima e no trabalho conjunto para a conclusão do Acordo de Paris, promovendo a colaboração global.
O Pacto foi aprovado de forma unânime por mais de 200 países, um número recorde de delegações, tendo em vista manter o limite do aquecimento global para 1,5ºC.
Analisando as metas do Pacto Climático, destaca-se que mais de 90% do PIB mundial passou a estar coberto por compromissos de neutralidade carbónica.
Além disso, mais de 100 países concordaram em reduzir as emissões do gás de efeito de estufa até 2023 e mais de 40 países concordaram em abandonar o carvão - incluindo grandes utilizadores como a Polónia, Vietname e Chile. Também foi feita a promessa sobre a redução de emissão de metano, liderada pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Na questão da desflorestação, 137 países assinaram a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso do Solo, comprometendo-se a interromper e reverter a perda de florestas até 2030, abrangendo 91% das florestas globais. Todos estes números podem ser encontrados neste mesmo documento, presente nos arquivos web do governo do Reino Unido.
Apesar dos avanços obtidos com o estabelecimento de metas concretas, o Pacto Climático ressalva a importância de honrar os compromissos firmados para limitar o aquecimento global, referindo também o papel fundamental da inclusão e participação de diferentes atores na luta contra as alterações climáticas.
Em novembro de 2024, Portugal foi um dos países que participou na COP29 em Baku, no Azerbaijão. A presença portuguesa teve como foco sete áreas distintas: Ação Climática, Energia, Água, Eficiência de Recursos, Biodiversidade, Cooperação Internacional e Pessoas.
“Os objetivos de Portugal para a COP29, alinhados com as prioridades da União Europeia, passam, em primeiro lugar, por aumentar os esforços dos países para cumprir o Acordo de Paris e limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC", lê-se na nota publicada pelo Governo português.
A mesma fonte destaca que Portugal reviu recentemente o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), referindo intenções de aumentar do peso das energias renováveis no consumo final da energia de 47% para 51%, bem como estabelecendo uma meta de redução em 55% de emissões de gases com efeito de estufa face aos valores de 2005. “O PNEC alinha a sua trajetória no sentido chegar à neutralidade climática até 2045”, acrescentam.
De acordo com a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, é “fundamental aumentar a meta do financiamento destinado às alterações climáticas, ampliando o leque de contribuidores”. “Muitos dos maiores poluidores do mundo não estão a fazer o suficiente”, destacou, antes de acrescentar: “A União Europeia tem liderado este esforço [...]. Queremos ver agora outros grandes blocos e nações a igualarem o nosso nível de compromisso.”.
Para alguns de nós, os números e metas definidas podem parecer complexas e, até, inalcançáveis. A formação online pode servir como um agente eficaz para a conscientização climática e na disseminação de boas práticas para um estilo de vida mais sustentável. A Plataforma NAU, por exemplo, disponibiliza cursos que podem ajudar a implementar mudanças no seu quotidiano.
Com inscrições abertas, o curso Sustentabilidade Ambiental - Mobilizar, Observar e Operacionalizar explora várias temáticas, identificando os diferentes tipos de resíduos e como podemos contribuir para reduzir o seu impacto no ambiente e na saúde. Os principais tipos de poluição da água, as fontes de energia renovável e o enquadramento destas na política energética europeia e nacional, bem como as principais fontes da poluição sonora e os seus impactos na saúde, são também alguns dos focos deste curso criado pelo Politécnico de Lisboa.
No dia 30 de janeiro, começará a segunda edição da formação Sistema Terrestre, o Bem Comum Global, desenvolvido pela Casa Comum da Humanidade, um curso que nos propõe uma reflexão sobre as raízes do problema da crise climática. A formação explica, entre outros temas, de que forma o Antropoceno (época geológica) tem impacto na crise climática e como podemos agir, coletivamente e no ambiente em que nos inserimos, para travar o aquecimento global.
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