Categorias
ArtigoEconomia e Gestão21/04/2025
“Como empresas bem-sucedidas transformam a criatividade em crescimento” é o nome de um artigo da McKinsey que explora o papel da inovação na produtividade. De acordo com a investigação da consultora, os dados são claros quanto à correlação positiva entre estes dois factores – as empresas que mais promovem a criatividade têm um crescimento orgânico nas receitas superior em 67% em relação aos seus pares.
O papel da criatividade é também destacado pelo Fórum Económico Mundial (FEM), no seu relatório Futuros Económicos Globais: Produtividade em 2030. A investigação traça quatro cenários para a produtividade até 2030, sendo o primeiro cenário contemplado o do aumento da produtividade, que teria como base “um ciclo virtuoso de inovação e de desenvolvimento de capital humano que levará a ganhos de produtividade significativos”.
Num mundo em que a automação ganha terreno, o pensamento criativo é mesmo uma das competências-chave no mundo do trabalho. Esta é a ideia subscrita pela maioria dos empregadores, de acordo com um artigo da Forbes: “Aproximadamente 73% das organizações referem que as competências criativas são uma prioridade de topo, concordando que a sua relevância e importância é crescente”.
O artigo destaca que a criatividade será importante em quatro dimensões: desenvolvimento da carreira, adaptação à mudança, vantagem sobre a competição, resposta à Inteligência Artificial e criação de um mindset de crescimento. “A capacidade de pensar de forma criativa já não é apenas uma qualidade que é bom ter ou uma capacidade reservada exclusivamente a empreendedores”, explica a autora do artigo, acrescentando que, com estas capacidades, “podemos ser uma força poderosa para o bem e resolver alguns dos desafios mais significativos do mundo”.
A criação de uma cultura organizacional ou empresarial fundada na criatividade e na inovação é uma forma de aumentar a retenção do talento. De acordo com uma investigação na área da saúde laboral, os trabalhadores que sentem que “a criatividade e a inovação são recompensadas registam maiores probabilidades de satisfação relativamente ao trabalho, à organização e à remuneração”. A probabilidade de querer abandonar a empresa é diminuída em 22%, acrescenta o estudo.
Um estudo realizado pela empresa japonesa Ricoh chegou a conclusões semelhantes, destacando que quase dois terços dos trabalhadores (64%) dizem que se sentiriam mais felizes no trabalho se tivessem mais tempo para tarefas criativas. O estudo contou com a participação de 7500 trabalhadores e gestores de empresas europeias.
A importância de fomentar a criatividade da força de trabalho fica clara em algumas inovações concretas. Como recorda o Financial Times, algumas empresas, nomeadamente as tecnológicas, permitem às suas equipas dedicar tempo regularmente para “trabalhar naquilo que pretendem”. A Meta, empresa que detém o Facebook, é um desses exemplos, avança o artigo, realizando hackathons algumas vezes por ano. “A função de chat do Facebook e o botão do “like” emergiram dessas iniciativas”, sublinham.
O Design Thinking é uma abordagem centrada no utilizador que promove a resolução criativa de problemas através da empatia, colaboração e experimentação. Em Portugal, esta metodologia tem sido adotada por diversas organizações para impulsionar a inovação e a transformação digital. De acordo com um artigo do Jornal de Negócios, de 2025, sobre como o Design Thinking pode abrir novos caminhos para a inovação, a metodologia é descrita como um processo fundamental para "encontrar soluções inovadoras, mais eficazes e centradas no utilizador", permitindo às organizações não só resolver problemas, mas também transformar desafios em oportunidades de inovação.
A Academia Portugal Digital, através da plataforma NAU, disponibiliza o curso "Introdução ao Design Thinking", que oferece uma visão abrangente desta metodologia e das suas aplicações práticas. Com uma taxa de esforço estimada de 3h, ao ritmo do formando, a formação é totalmente gratuita e as inscrições estão abertas até outubro de 2025.
A NAU é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Categorias
ArtigoArtes e CulturaCategorias
ArtigoArtes e CulturaCategorias
ArtigoHumanas e Políticas