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ArtigoArtes e Cultura15/04/2025
A educação artística tem um papel de destaque no desenvolvimento e estímulo de várias competências. De acordo com o Plano Nacional das Artes, desenvolvido pelos Ministérios da Educação e da Cultura, “a intimidade com as artes, na sua diversidade, permite a formação de competências aparentemente afastadas: por um lado, possibilitam a educação da sensibilidade; por outro, desenvolvem a capacidade de pensar criticamente e interpretar”.
A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) diz-nos ainda que, segundo a UNESCO, a educação artística favorece competências como criatividade, pensamento crítico, resiliência e inovação, além de promover a formação de cidadãos culturalmente mais ativos.
A educação artística está inerentemente assente na arte, que se apresenta só por si como algo essencial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos estudantes. Neste arquivo da Universidade do Porto, podemos ler que a educação artística tem também como base a criatividade, algo fundamental ao ser humano, por promover um maior conhecimento e desenvolvimento de uma visão única, singular do mundo.
A aprendizagem através das artes e da cultura beneficia o desenvolvimento emocional, a saúde mental e o bem-estar dos alunos. Conforme destaca a UNESCO, “a educação artística ajuda no avanço dos resultados da aprendizagem e no desenvolvimento de novas habilidades dos estudantes. Em tempos de crise, a educação artística é particularmente valiosa, pois inspira a criatividade, fornece apoio psicológico e constrói conexões entre as pessoas e as comunidades”.
Abordagens artísticas dentro da educação expõem os alunos a diferentes perspetivas e culturas, promovendo a compreensão e o respeito pela diversidade. É uma abordagem que contribui de forma positiva para a construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente das várias realidades que compõem o seu tecido. O Plano Nacional das Artes sublinha, na sua Premissa e Valores, “uma relação permanente com as artes e o património de diferentes culturas ensina, também, a respeitar a experiência do outro, a ser mais recetivo à sua cultura, à sua inspiração do mundo, promovendo a partilha”.
A UNESCO destaca que “a educação artística ajuda no avanço dos resultados da aprendizagem e no desenvolvimento de novas habilidades dos estudantes”. A participação em atividades artísticas está associada a um aumento na capacidade de concentração e atenção aos pormenores, competências que são beneficamente transversais a outras áreas de ensino e conhecimento, resultando num melhor e mais sólido desempenho académico.
Arte, cultura e costumes estão intrinsecamente ligados entre si, apresentando essa ligação de diferentes formas. Assim sendo, é natural que através da arte e da sua expressão seja possível não só preservar, como valorizar as tradições e expressões culturais diversificadas. Dentro daquilo que são as Premissas e Valores do Plano Nacional das Artes, “uma relação permanente com as artes e o património de diferentes culturas ensina, também, a respeitar a experiência do outro, a ser mais recetivo à sua cultura, à sua interpretação do mundo.”
Em Portugal, diversas iniciativas têm sido implementadas para reforçar a presença das artes no currículo escolar. O Plano Nacional das Artes, já várias vezes referido, "tem como objetivo tornar a cultura mais participada e acessível aos cidadãos, em particular às crianças e jovens, através da promoção das várias vertentes artísticas e diferentes formas de arte”. De algumas das suas iniciativas, destacam-se o programa de artistas residentes nas escolas, onde artistas de várias áreas trabalham diretamente com alunos e professores durante um período, promovendo a criação artística e o pensamento crítico; ou a Academia PNA, cujo principal objetivo se centra em capacitar professores, mediadores e criadores culturais para a pedagogia das artes e do património.
Além disso, a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) tem apostado na integração das artes e do património nas bibliotecas escolares, criando oportunidades para que crianças e jovens se envolvam em atividades culturais e desenvolvam uma cidadania criativa e responsável.
As práticas artísticas também podem ser cruciais para crianças e jovens em condições de risco social e académico. A Orquestra Geração, que promove a inclusão social através do ensino coletivo da música, ou alguns dos projetos apoiados pelo Partis&Art for Change, da fundação Calouste Gulbenkian e fundação “la Caixa”, são uns dos exemplos de como a arte pode ser uma poderosa ferramenta de transformação e inclusão social.
Estas iniciativas refletem o compromisso de Portugal em integrar as artes na educação, reconhecendo o seu papel fundamental no desenvolvimento integral dos alunos.
As práticas artísticas desempenham um papel crucial no ensino, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos e preparando-os para os desafios do futuro. A celebração do Dia Mundial da Arte reforça a importância de continuar a integrar a arte na educação, reconhecendo o seu impacto positivo na formação de cidadãos completos e conscientes.
Para educadores e todos os interessados em aprofundar conhecimentos na área da educação artística, o PortugalX, projeto da NAU na plataforma edX.org, oferece vários cursos online nestes temas. O curso "Artes na Educação" visa reforçar o papel da Educação Artística na formação de cidadãos autónomos e responsáveis, estimulando a reflexão sobre as potencialidades dos processos artísticos em contextos educativos. Já o curso "Artes em Contextos Educacionais: Perspetivas do Sul", que apresenta a visão de especialistas internacionais sobre teorias e práticas de educação através das artes, promove o diálogo intercultural e a aprendizagem entre pares. Estas formações, dinamizadas pela APECV - Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual, são oportunidades valiosas para profissionais que desejam integrar práticas artísticas no ensino, contribuindo para uma educação mais rica e inclusiva.
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