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Dia da Consciencialização do Stresse: «Para além da formação, as empresas devem investir em políticas de bem-estar integradas»

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EntrevistaSobre um curso

05/11/2025

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Em entrevista a Rita Carvalho de Matos, Head of Training na Happiness Business School, descubra como o fenómeno do stresse se manifesta nos sistemas organizacionais, bem como formas de o mitigar.

#1 Na vossa opinião, como é que a temática do stresse deve ser abordada por parte das empresas e organizações?

O stresse não deve ser tratado apenas como um problema individual, mas como um reflexo da cultura e dos sistemas organizacionais. As empresas precisam de evoluir de uma lógica reativa, centrada em mitigar sintomas, para uma abordagem preventiva e sistémica, que promova ambientes psicologicamente seguros, equilibrados e humanos. Isso passa por repensar o modo como se lidera, como se gere o tempo, como se comunica e como se mede o sucesso. O verdadeiro antídoto para o stresse crónico é uma cultura que favoreça o bem-estar, a autonomia e o propósito.

#2 Quais são, na vossa experiência, as principais fontes de stresse no contexto laboral atual?

Hoje o stresse tem menos origem na quantidade de trabalho e mais na qualidade da relação com o trabalho. Falamos de falta de clareza sobre prioridades, de lideranças que ainda operam em modo comando / controlo, de sobrecarga digital e de culturas que confundem urgência com importância. Outro fator decisivo é a ausência de tempo para pensar, refletir e criar, algo que o ritmo acelerado das organizações tende a eliminar, mas que é fundamental para a saúde mental e o desempenho sustentável.

#3 A que tipo de sinais de alerta é que as empresas e líderes devem estar atentos para identificar situações de stresse excessivo nas suas equipas?

Os sinais mais visíveis são o aumento do absentismo, a queda de produtividade e a rotatividade. Mas há sinais mais subtis que pedem sensibilidade humana: pessoas mais irritáveis, silenciosas ou emocionalmente distantes, equipas que perdem humor e criatividade, ou líderes que se tornam excessivamente controladores. O stresse não se vê apenas nas métricas. Sente-se no clima emocional das equipas. A chave está em líderes que saibam observar, escutar e criar espaço para conversas genuínas.

#4 A Happiness Business School lançou este ano na Plataforma NAU o curso “Fundamentos para a Felicidade Organizacional”. Como se define “felicidade organizacional”? E de que forma é que se distingue da simples “satisfação no trabalho”?

A felicidade organizacional é uma cultura intencionalmente desenhada para promover o florescimento humano e o desempenho sustentável. Vai muito além da satisfação, que é um estado momentâneo e subjetivo. Falar de felicidade é falar de sentido, de relações saudáveis, de reconhecimento, de aprendizagem e de contributo. É criar condições para que as pessoas se sintam parte de algo maior, possam expressar o melhor de si e encontrar equilíbrio entre resultados e bem-estar.

#5 Para a Happiness Business School, “a felicidade é a métrica do futuro”. Porquê?

Porque nenhuma organização é verdadeiramente sustentável se o seu crescimento se fizer à custa do esgotamento das pessoas. As métricas tradicionais como produtividade, lucro ou eficiência continuam a ser importantes, mas tornam-se incompletas se não incluírem o impacto humano. A felicidade, entendida como bem-estar integral e sentido de propósito, é o indicador mais fiel da saúde de uma cultura organizacional e da sua capacidade de perdurar no tempo.

#6 Segundo um estudo de 2024 do Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis, 70% dos trabalhadores em Portugal têm sintomas de burnout. Qual o papel da formação para contrariar estes números? Que outras estratégias podem ser implementadas?

A formação tem um papel transformador, mas não pode ser meramente informativa. É preciso formar líderes conscientes, equipas emocionalmente inteligentes e culturas que saibam cuidar de si. A educação emocional e o desenvolvimento de competências humanas como empatia, autorregulação e comunicação são tão estratégicos hoje quanto o domínio técnico.

Para além da formação, as empresas devem investir em políticas de bem-estar integradas: ritmos de trabalho mais saudáveis, espaços de descanso real, rituais de reconhecimento e, sobretudo, coerência entre discurso e prática.

#7 Em menos de 6 meses, o vosso curso já angariou mais de
3 000 inscrições na NAU. Como explicam estes números? Pensam que é um sinal de que a cultura de trabalho em Portugal está em processo de mudança?

Sem dúvida. Estes números revelam uma sede coletiva de mudança. As pessoas estão cansadas de modelos de trabalho que as desumanizam e procuram alternativas mais conscientes e equilibradas. O facto de o curso ter tido tão ampla adesão mostra que o tema deixou de ser periférico e que passou a ser uma prioridade estratégica. Estamos a assistir ao despertar de uma nova consciência organizacional em Portugal.

#8 Porquê a aposta na Plataforma NAU?

A NAU permite-nos chegar a milhares de pessoas e democratizar o acesso ao conhecimento sobre felicidade no trabalho. Acreditamos que a transformação cultural começa pela educação, e quanto mais acessível for, maior o impacto coletivo. A parceria com a NAU é, por isso, uma extensão natural da nossa missão: contribuir para um país com organizações mais humanas, conscientes e felizes.

#9 Neste Dia da Consciencialização do Stresse, que mensagem gostariam de deixar quer aos trabalhadores, quer aos líderes das empresas e organizações em Portugal?

O stresse é um sinal de que algo precisa de ser repensado. Não é fraqueza, é um pedido de mudança. A nossa mensagem é simples: não ignorem o sinal. O futuro do trabalho não depende apenas de novas tecnologias, mas de novas consciências. Liderar com empatia, promover pausas, valorizar o equilíbrio e o propósito são escolhas que salvam pessoas e constroem organizações mais fortes.

#10 Alguma coisa que queiram acrescentar?

Acreditamos que cuidar da saúde emocional das pessoas é o maior ato de liderança do século XXI. O Dia da Consciencialização do Stress é uma oportunidade para refletirmos sobre como queremos trabalhar, viver e liderar. A felicidade organizacional não é um luxo. É o novo imperativo da sustentabilidade humana.

Fundamentos da Felicidade Organizacional

OrganizaçãoHappiness Business School
Código do cursoFFO
Data do curso Inscrições abertas
O curso completo pode ser efetuado sem custos.

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