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Interview06/30/2021
No Dia Mundial das Redes Sociais, falámos com Miguel Crespo, Jornalista, consultor editorial, professor e investigador de comunicação digital e responsável pelos cursos do CENJOR na NAU. Que nos explica as mudanças ao nível da comunicação que as redes sociais trouxeram.
As redes sociais têm alterado a maneira como socializamos e comunicamos. Hoje é imprescindível ter uma presença em cada uma das plataformas de social media. É importante aprender todo o potencial que estas redes de networking nos oferecem.
O CENJOR tendo este facto em mente, disponibilizou o curso "Introdução às Redes Sociais". O objetivo é queos utilizadores da NAU aprendam a utilizar estes novos espaços sociais e a criar e publicar conteúdos adequados às redes sociais.
As redes sociais vieram mudar a forma como se produz jornalismo, mas também a forma como se dissemina e consome jornalismo. Um jornalista que não use as redes sociais como fonte de informação está a ignorar uma fonte múltipla, global, de informação, e estará a prejudicar o seu próprio trabalho e visão do mundo.
Um meio de comunicação que não use as redes sociais para disseminar a sua produção está a autolimitar a sua audiência, o seu alcance, e com isso a prejudicar o seu próprio negócio.
Para as audiências, as redes sociais são uma fonte primordial de informação, e uma das principais formas de acesso a jornalismo. Por isso nem os jornalistas, nem os meios, nem as audiências podem ignorar as redes sociais como um meio fundamental para o jornalismo.
O grande desafio de comunicar nas redes sociais é a individualização e personalização/personificação da comunicação.
As redes sociais são um self media e não um mass media, por isso ao comunicar nas redes sociais até as instituições têm de comunicar um-para-um e não um-para-todos, como no passado recente. Por isso, o grande desafio é conseguir “falar” com cada pessoa como se fosse uma conversa a dois, por um lado, e fazer a transição de um conceito media-centric, em que os meios emitem para a audiência à sua volta, para um conceito de self-centric, em que cada pessoa numa rede social é o centro do seu universo comunicacional, à volta de quem circulam os meios de comunicação e todas as outras instituições.
Portanto, o primeiro desafio é focar-se em quem consome e não em quem produz, invertendo a forma como se organizam tradicionalmente as instituições.
Mas não basta: cada rede tem o seu funcionamento específico, a sua dinâmica, algoritmos, gramática e sintaxe, e públicos diferenciados. Tudo isto obriga a que a mesma narrativa tenha de ser criada/recriada em termos específicos e conceção multimédia para cada rede. Uma publicação de Facebook não funciona no Twitter, que não se adapta ao Instagram, que não serve para o Tik Tok, que não terá sucesso no Youtube.
No caso português as principais redes sociais abertas (excluindo redes fechadas como o WhatsApp, FB Messenger ou Telegram) são YouTube, Facebook (ainda) e Instagram, pois são as com mais pessoas registadas ativas.
Se se procura volume, estas serão as principais a escolher, mas não necessariamente as melhores para cada caso específico. É preciso equacionar qual o conteúdo que se oferece, quais os seus objetivos, que tipo de público se quer atingir (idade, sexo, localização, etc.).
Se o foco forem adolescentes podemos deixar de lado o Facebook. Para atingir grupos profissionais específicos, o Twitter é obrigatório e o Pinterest poderá ser muito relevante, caso o público-alvo sejam mulheres. E por aí fora! Não há receitas mágicas porque já não existem audiências de massas, mas apenas objetivos de comunicação específicos e direcionados.
A generalização das redes sociais online como espaços não mediados onde qualquer pessoa pode publicar os seus conteúdos e angariar seguidores que eventualmente podem gerar receitas de publicidade, de product placement ou de conteúdos patrocinados é muito atrativo, mas esse conceito de criar e difundir o seu conteúdo só garante sucesso financeiro para uma minoria e é, na maior parte dos casos de sucesso, também muito efémero.
Acima de tudo, se for esse o caminho, ser influenciador só por o ser é, regra geral, um beco sem saída. Se queremos influenciar, temos de ser reconhecidos como especialistas num tema/área/competências. Por outro lado, temos de dominar as técnicas da comunicação, os conhecimentos e estratégias do marketing e as competências de gestão de redes sociais online.
Do ponto de vista de alcance e acesso a NAU é uma plataforma fundamental para a difusão de conhecimento em Portugal e no restante mundo lusófono. Ao permitir o acesso a públicos diferenciados falantes de português, vai de acordo aos objetivos do Cenjor como centro de formação referência para jornalistas em Portugal, mas também nos PLOP, e promove o acesso a novos públicos de uma forma que outras plataformas de MOOC, não focadas na língua portuguesa, não permitem.
A relação entre o Cenjor e Nau foi sempre clara, desde o primeiro contacto, e cada parte assumiu compromissos que cumpriu na total plenitude. O Cenjor utiliza o seu know-how, instalações e qualidade, recorrendo aos formadores mais qualificados para oferecer cursos únicos, desenhados à medida para o formato MOOC e para públicos generalistas.
A Nau oferece todo o apoio e suporte técnico à melhor exploração da plataforma, com ambos a promover a excelência dos cursos e o alto grau de conclusão e satisfação dos formandos.
No futuro a parceria poderá alargar o portefólio de MOOC, através de novos cursos e da atualização regular dos já existentes, e ainda através da criação e novas lógicas de formação à distância em regime autónomo dos formandos.
No dia em que se assinala o Dia Mundial das Redes Sociais, venha conhecer o curso disponibilizado através da plataforma NAU. Este é um serviço gerido pela unidade FCCN da Fundação da Ciência e a Tecnologia (FCT): https://www.nau.edu.pt/pt/curso/introducao-as-redes-sociais/
Visite e conheça o nosso paraceiro CENJOR!
As redes sociais têm alterado a maneira como socializamos e comunicamos. Hoje é imprescindível ter uma presença em cada uma das plataformas de social media. É importante aprender todo o potencial que estas redes de networking nos oferecem.
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