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ArticleSocial Sciences08/12/2024
A plataforma EduBirdie realizou este ano um estudo para tentar responder à questão: “O que faz com a Geração Z saia de cama de manhã?”. Esta pergunta de partida simboliza o objetivo do estudo que procurou aferir “os objetivos de vida” da Geração Z, nascida a partir de meados da década de 90. Os resultados ilustram uma possível mudança de paradigma no mundo do trabalho para esta geração – 7 em cada 10 dos inquiridos dá maior prioridade à família e às suas relações do que à sua carreira.
Este sentimento tem sido condensado no conceito de “work-life balance”, uma referência à forma como, em comparação com outras gerações mais velhas, nomeadamente os Millenials, os jovens da Geração Z não estão tão dispostos a realizar “trabalho excessivo e fora do horário, pedidos de férias bloqueados e chamadas fora do horário de trabalho”, conforme o portal Fast Company. Também o Wall Street Journal noticia, estes jovens entram no mercado de trabalho em busca de conexões sociais e não necessariamente de remuneração.
Tendo em conta que, em 2025, a Geração Z deverá preencher mais de um quarto da força de trabalho em todo o mundo, esta mudança de atitude traz consigo alterações importantes para a cultura de trabalho. A Diretora de Talento da Zurich, Sally Henderson, destaca como esta geração “está já a ter um impacto positivo na força de trabalho e negócio”, salientando que “é necessário compreender e corresponder às suas expectativas, o que é diferente das gerações anteriores”.
Num artigo dedicado ao tema, a Yahoo Finance oferece “três razões pelas quais a Geração Z dá prioridade ao work-life balance”. Por um lado, explica o artigo, os jovens acreditam que é importante ter tempo “para dedicar à família, amigos, hobbies e outros interesses”. Por outro, dão prioridade às questões de saúde física e mental, depois de “observarem o impacto que uma vida focada no trabalho pode ter tido na sua família”. Por fim, outros dos grandes objetivos desta geração nascida num mundo globalizado passa por viajar, procurando diversificar as suas experiências.
Outro dos elementos ligados à cultura de trabalho está na ideia de “propósito”. De acordo com um estudo da Deloitte, 86% dos jovens que pertencem à Geração Z afirmam que ter um sentido de propósito é importante para a sua satisfação no trabalho e bem-estar geral.De resto, outra das métricas é indicativa desta realidade – cerca de 50% já recusou trabalhos ou projetos por contrariarem os seus valores pessoais.
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