Os cursos Abordagens Inclusivas de Género na Tecnologia e Participação e Igualdade de Género nas TIC focam-se nos motivos para a baixa representatividade feminina no setor das TIC e nas estratégias que permitem combater esta realidade, entre outros aspetos.

A equipa do Instituto Politécnico de Tomar que contribuiu para o desenvolvimento das formações, como especialista na matéria, respondeu a algumas questões.

Qual é a relevância do tema da igualdade de género no mundo atual?  

Uma vez que a igualdade de género ainda está longe de ser alcançada e, sobretudo, porque é um tema que permanece envolto em equívocos - também no domínio da tecnologia -, a sua abordagem mantém-se relevante. 

Qual o impacto que acreditam que estas formações podem trazer, em termos de uma mudança efetiva desse contexto? 

Estas formações conduzem a uma reflexão sobre o tópico que tratam, demonstrando, com recurso a fontes documentais, que a igualdade de género é um objetivo por cumprir, que tem custos sociais, culturais e económicos.

Quais são algumas das aprendizagens que podem ser feitas no âmbito destas duas formações? 

Destacam-se as questões relativas à legitimidade e fundamento da adoção de um discurso, o mais paritário possível, no que toca à representatividade de género. De igual modo, a apresentação de políticas de igualdade de género que têm vindo a ser adotadas, tanto em Portugal, como a nível internacional, é igualmente colocada em evidência. 

Os profissionais da DDL, empresa responsável pela conceção e realização multimédia destes cursos INCoDe.2030, deixaram também o seu testemunho.  

Estas são formações que se assumem como abertas a todas as pessoas, independentemente da escolaridade ou formação. Quais as prioridades para a criação de um curso tão abrangente?  

Na DDL, temos sempre em consideração a acessibilidade, através da construção de conteúdos multiformato (texto, áudio, vídeo e legendagem) e da utilização de uma linguagem clara, neutra e inclusiva. A acessibilidade, a inclusão e o facto de serem cursos disponibilizados numa plataforma que promove a educação aberta são fatores prioritários para nós.   

Como podem descrever a experiência de utilização da NAU? Têm pensadas novas formações para o futuro?  

A nossa experiência de utilização da NAU tem sido muito positiva. Já construímos vários cursos na plataforma e, desde o pedido de abertura do curso até à fase de avaliação, tudo tem corrido muito bem, tendo sido fundamental o apoio técnico de toda a equipa. Atualmente, estamos a desenvolver novas formações a disponibilizar na NAU e contamos ter novos projetos no futuro. 

Há algo que deseje acrescentar? 

Votos de muito sucesso. Vamos, em conjunto, construir uma sociedade cada vez mais inclusiva, proativa e informada. As duas formações mais recentes sobre igualdade de género na NAU já estão disponíveis e são abertas a todas as pessoas, não existindo nenhum requisito quanto à escolaridade ou certificação anterior.