A meta final do processo é simples. “Ajudar os estudantes a poupar tempo, evitando que consumam informação irrelevante para os seus objetivos”, explica o portal elearningindustry.com. É desta forma que se pode descrever o objetivo da curadoria de conteúdos ou content curation: “Este é o processo de recolher e filtrar informação relevante sobre um caso ou tema particular, apresentando a mesma de forma organizada”.

A quantidade de conteúdos online tem vindo a crescer exponencialmente e, por isso, é possível, atualmente, encontrar quantidades enormes de informação sobre qualquer tema com muita facilidade. A cada hora, em todo o mundo, são visualizados mais de 250 milhões de vídeos no YouTube, feitas mais de 200 milhões de pesquisas no Google e escritas mais de 200 mil publicações em blogs, por exemplo. 

Neste contexto, um dos principais desafios, na óptica do processo de aprendizagem, é assegurar o acesso a uma dieta informativa relevante para os objetivos dos estudantes. Para tal, no âmbito da curadoria de conteúdos, é relevante tomar passos específicos para a recolha e tratamento da informação sobre determinado tema, como agregação, filtragem, organização, contextualização, partilha, armazenamento e recolha de feedback. Estas técnicas são utilizadas por profissionais como designers instrucionais, mas também pelos próprios estudantes.

Existem várias vantagens associadas a estas práticas, do ponto de vista dos resultados de aprendizagem, como, desde logo, o estímulo da aprendizagem social através da partilha de conteúdos. A Universidade de Cardiff, por exemplo, publicou um conjunto de 10 boas práticas a seguir para “retirar o máximo proveito deste processo”. “A curadoria de conteúdos tem um potencial substancial para melhorar a gestão de recursos eletrónicos de estudantes e professores”, conclui esta instituição de ensino superior. 

Como refere a plataforma Virtual College, a tarefa de recolher informação relevante sobre um tema não é uma prática inovadora. Contudo, ressalvam, “de forma a beneficiar a aprendizagem, a curadoria necessita de ser mais do que isso”, uma vez que a informação recolhida a partir de artigos, publicações de blogs ou objetos de aprendizagem dinâmicos deve ser constantemente inspecionada e validada. “Apenas assim é possível assegurar que os estudantes estão a fazer conexões relevantes”, concluem.