Os dados mais recentes mostram que os índices de literacia financeira em Portugal requerem a nossa atenção. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2024 pelo grupo de reflexão Bruguel, o nosso país apresenta o segundo pior desempenho na União Europeia. Apenas 42% dos portugueses que participaram nesta investigação conseguiram responder corretamente a três de cinco questões sobre literacia financeira básica, um resultado muito abaixo da média dos 27 Estados-Membros da União Europeia: 52%. 

Por outro lado, a evolução ao longo dos últimos anos não tem sido animadora. Segundo um relatório da OCDE,entre 2020 e 2023, a literacia financeira dos portugueses aumentou apenas 1%. Estas percentagens refletem a dificuldade em entender e promover, de uma forma mais ou menos correta, temas como: gestão orçamental, poupança, investimentos e endividamento – condicionantes que limitam a tomada de decisões financeiras informadas.

O desempenho dos jovens portugueses na Literacia Financeira 

Apesar das dificuldades gerais, os resultados relativos aos jovens portugueses são animadores. Os dados do Programme for International Student Assessment (PISA) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) indicam que 84,5% dos estudantes portugueses alcançaram o nível básico em literacia financeira. Isso sugere que, entre os jovens, Portugal está em linha com a média dos países avaliados, refletindo os esforços educacionais para introduzir conceitos financeiros desde cedo. 

Nesse sentido, um relatório da OCDE enfatiza que a inclusão da educação financeira no currículo escolar é fundamental para preparar os jovens para os desafios económicos futuros e como uma ferramenta para combater desigualdades financeiras.

Literacia Financeira: Um desafio global 

De acordo com o Banco Mundial, a literacia financeira é um desafio comum a várias economias, com impactos diretos nos cidadãos das mesmas. Isto porque promover a educação financeira é essencial para capacitar os cidadãos a fazer escolhas informadas, aumentando a resiliência financeira e envolvendo não apenas a gestão de orçamentos, mas também a compreensão de produtos financeiros, o planeamento da reforma e a gestão eficaz de dívidas.  

Por essa razão, investir na educação financeira e na formação contínua deve ser uma prioridade para garantir que todos os cidadãos estão preparados para enfrentar os desafios financeiros do futuro. Na Plataforma NAU, poderá encontrar vários cursos online nesta área. Venha desenvolver competências sobre a Educação Financeira – explore a nossa oferta de cursos em https://www.nau.edu.pt/cursos.