Num artigo que elenca “As cinco principais tendências do setor da Educação em 2023”, a revista Forbes destaca o papel que plataformas como a EdX, Coursera, Udemy ou Udacity – um grupo em que se insere também a NAU – têm na implementação de novos modelos de aprendizagem. Em particular, são referidas as metodologias de microlearning e nanolearning.
Mas em que consistem, afinal, estes conceitos? De acordo com a plataforma LinkedIn, o microlearning é uma forma de aprendizagem online que consiste em pequenos módulos de conteúdo que podem ser realizados em poucos minutos. Estas metodologias podem incluir vídeos, quizzes, podcasts, infografias, jogos ou cenário interativos. “Esta abordagem pode ajudar os formandos a ultrapassar a saturação cognitiva, aumentar a motivação e a reforçar os objetivos de aprendizagem.
Esta abordagem é globalmente vista como sendo adaptada à evolução da comunicação de massas, ao longo das últimas décadas – nomeadamente, a diminuição dos tempos de atenção e a aposta em conteúdos multimédia interativos. Um artigo da Vogue detalha o papel que as próprias redes sociais podem ter nestas aprendizagens, sublinhando a forma como o sucesso do TikTok pode ser explicado pela utilização de elementos de microlearning.
As projeções de crescimento do mercado parecem dar força a este raciocínio. De acordo com a Yahoo Finance, no período entre 2022 e 2027, é expectável que o mercado global de microlearning cresça mais de 1.3 mil milhões de dólares, com um crescimento anual médio a rondar os 10,5%. A par deste desenvolvimento, é expectável que as plataformas de ensino online como a NAU vejam a sua notoriedade e utilização reforçada, tendo em conta a afinidade com esta metodologia.
De micro a nano
Considerado uma metodologia específica dentro do microlearning, o nanolearning tem a característica de apostar em conteúdos (ainda) mais curtos, que podem ser completados em alguns segundos apenas. Desta forma, este método aposta em ferramentas como “flashcards, dicas, lembretes ou notificações que oferecem informação ou apoio atempadamente”, explica a plataforma LinkedIn Learning. “O nanolearning pode ajudar os formandos a melhorar a sua memória e performance”, reforçam.
Em janeiro deste ano, uma publicação do grupo brasileiro Abril especializada em recursos humanos noticiava a forma como as formações “de dois minutos se popularizaram nas empresas”. De acordo com o artigo, esta técnica de formação profissional tem vindo a ganhar espaço devido à “falta de tempo e à escassez de atenção”. “Estamos num momento de grau atencional muito baixo”, explica o professor de neurociência, Alexandre Rezende, citado no artigo: “O nanolearning surge da nossa incapacidade de concentração”, diz. “Por isso, é preciso passar uma informação que o cérebro entenda como significante e aplicável”.
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