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Article03/24/2023
Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta cada vez mais presente em diversos setores da sociedade, e a educação não é exceção. A IA tem o potencial de transformar a forma como aprendemos e ensinamos, oferecendo oportunidades para personalização da aprendizagem e automatização de tarefas repetitivas. No entanto, assim como em outros setores, a aplicação da IA na educação traz consigo desafios e implicações éticas, que precisam ser cuidadosamente consideradas e abordadas pelos educadores e especialistas em tecnologia.
O parágrafo acima foi escrito pelo Chat GPT – o conhecido chatbot de inteligência artificial da Open AI. Exercícios como este têm sido habituais, durante os primeiros meses de 2023, de forma a ilustrar o que tem sido apelidada de “revolução da inteligência artificial generativa”. “A inteligência artificial como nunca a viu é a próxima revolução”, escreve a consultora McKinsey, no seu site.
Utilizando redes neurais artificiais, ferramentas como o ChatGPT trabalham conjuntos massivos de dados não estruturados. A partir de uma aprendizagem feita a partir do feedback humano, a inteligência artificial generativa gera conteúdo novo, tal como o parágrafo inicial deste artigo. A McKinsey refere exemplos de casos de uso para aplicação deste tipo de tecnologia, em áreas como Marketing, Engenharia ou Recursos Humanos.
A Educação tem estado no centro do debate sobre inteligências artificiais generativas, nomeadamente devido à possibilidade de estudantes poderem, em poucos segundos, gerar respostas ou mesmo trabalhos mais longos. A ligação, contudo, é mais abrangente do que apenas esta dimensão. “A inteligência artificial tem o potencial de responder a alguns dos maiores desafios da Educação de hoje”, destaca a UNESCO.
Para além de criar um documento de referência para que os legisladores implementem uma abordagem à inteligência artificial “centrada na humanidade”, a UNESCO destaca a importância da IA no “acesso ao conhecimento, investigação e à diversidade de expressões culturais”, sendo relevante assegurar que estas tecnologias “não vão aumentar as divisões entre e no seio dos países”.
Para além da colaboração entre professores e ferramentas de IA, têm sido destacadas outras oportunidades de implementação no setor da Educação como a possibilidade de gerar percursos de aprendizagem individualizados, a garantia de acesso universal para todos os estudantes, a automatização de tarefas administrativas ou a possibilidade de garantir um serviço de mentoria fora da sala de aula e em todos os momentos.
Foi este potencial que levou a Comissão Europeia a publicar um conjunto de boas-práticas para educadores, tendo em vista “um uso ético da IA”. As tecnologias de Inteligência Artificial, destaca a Comissária Europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, têm “um grande potencial para transformar a Educação e a Formação". “Podem ajudar estudantes com dificuldades e ajudar professores a alcançar uma aprendizagem individualizada”, reforça.
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