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ArticleSocial Sciences08/09/2024
O modelo de trabalho presencial é a opção tradicional no mercado de trabalho, com os colaboradores a deslocarem-se até um espaço durante o número de horas contratualizado com a entidade empregadora. É também o modelo de trabalho mais comum, desde logo, pelo facto de diversas profissões implicarem a presença física em determinados lugares, estruturas ou edifícios. Uma das principais vantagens deste modelo é uma maior delimitação entre a vida profissional e a vida pessoal. Outras vantagens dizem respeito à possibilidade de resolução de problemas através de interações presenciais ou a maior facilidade de criação de soluções coletivas, através de reuniões em grupo. Por outro lado, o acesso a recursos e ao feedback de colegas de trabalho e superiores é também visto como uma vantagem para o desenvolvimento.
Ainda que a pandemia da Covid-19 tenha oferecido um novo protagonismo e popularidade a este modelo de trabalho, o teletrabalho já era uma realidade antes de 2020. Neste modelo, os trabalhadores cumprem as suas funções exclusivamente de forma remota. Desde logo, esta é uma vantagem do ponto de vista das deslocações geográficas, evitando, por exemplo, períodos de trânsito muito elevados para chegar ao local de trabalho. Por outro lado, a maior autonomia na realização de tarefas pode implicar menores distrações e um maior controlo da execução das mesmas. Graças a ferramentas digitais, a colaboração dentro e além fronteiras é também uma realidade para estes profissionais, seja através da realização de reuniões online ou da utilização de plataformas especializadas.
Oodelo híbrido é o cruzamento dos dois modelos referidos anteriormente. O modelo é concretizado depois da definição entre trabalhador e entidade patronal dos períodos de trabalho a desempenhar remotamente e presencialmente. É também uma opção ainda popular – uma herança do período de contingência no combate à pandemia da Covid-19. O principal objetivo do modelo híbrido é retirar as principais vantagens de cada uma das outras modalidades de trabalho, sendo também uma vantagem para os empregadores, ao permitir reduzir a necessidade de espaço de trabalho e de recursos disponíveis presencialmente.
O termo coworking foi criado em 1999 e, durante a primeira década do século XXI, foi visível o crescimento em popularidade deste modelo de trabalho. Aos poucos, espaços de coworking começaram a aparecer em todas as cidades, permitindo a partilha de espaços entre profissionais de diferentes funções, empresas e áreas profissionais. De resto, essa diversidade é apontada como uma das suas principais vantagens, permitindo encontrar soluções transversais para problemas complexos.
Tadicionalmente, profissionais liberais e empreendedores eram próximos desta solução, sendo que, com o crescimento do trabalho remoto, é hoje habitual encontrar profissionais de todos os sectores nestes espaços. Em 2024, a revista Forbes destacava como “a procura crescente de compromissos de trabalho flexíveis” tem levado a que os espaços de coworking “evoluíram para responder às necessidades desta força de trabalho”.
Tecnologias emergentes como aplicações de inteligência artificial são vistas como parte do futuro deste modelo de trabalho, ao permitirem aos espaços de co-work a disponibilização de recursos adaptados às características e necessidades específicas dos vários trabalhadores aí reunidos. Por outro lado, esta tem sido apontada como uma forma de, num contexto em que o trabalho remoto é cada vez mais habitual, criar novas comunidades que garantem as conexões sociais, os eventos e a colaboração que caracteriza o trabalho presencial.
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