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ArticleExact Sciences and Technology09/12/2024
O alerta foi dado em 2015 pela Comissão Europeia. A estimativa era que, cinco anos depois, cerca de 1,3 milhões de empregos nas áreas das TIC ficassem por preencher. “Estas vagas vão continuar por preencher a não ser que mais seja feito para atrair jovens para a educação em TIC”, destacava o relatório E-Skills, elaborado pela Comissão Europeia, antes de acrescentar dois argumentos fundamentais: “[o setor] continua a apresentar salários mais altos e, como um todo, continua em expansão”.
Como tem evoluído, desde então, a formação em áreas de TIC em Portugal? Os dados da Pordata revelam que o número de diplomados no Ensino Superior em Tecnologias da Informação e Comunicação se tem mantido relativamente estável desde 2007. De resto, 2008 foi o ano em que registou o máximo absoluto de diplomados (7622). Em comparação, em 2022, o número de diplomados fixou-se nos 6993.
Os dados relativos à distribuição de género têm-se mantido relativamente estáveis, com uma tendência para a diminuição da representação feminina. Os anos de 2007 e 2022 registaram, por exemplo, uma percentagem igual de mulheres diplomadas nas áreas das TICE em Portugal – cerca de 20% do total de diplomados. Entre 1999 e 2001 essa percentagem aproximava-se dos 25%.
A falta de correspondência entre as necessidades do mercado de trabalho e as competências TICE da população não é um fenómeno exclusivamente nacional. Já este ano, foi noticiada em locais como a Austrália ou a Irlanda do Norte o apelidado “ICT Skills Gap” [lacuna de competências TIC].
O relatório da IDC Skills Forward destaca que, em 2024, 90% das organizações vão sentir diretamente esta lacuna de competências, graças à transformação digital. No final de 2023, o vice-presidente da Huawei, Jun Yong, destacava como, embora “mais de 170 países tenham lançado estratégias digitais”, “a falta de talento digital é um fator significativo para o desenvolvimento económico e para a inovação industrial”.
Um relatório da Forbes – o IT Skills Gap Report 2023 – focado no mercado de trabalho britânico, inquiriu 500 empresas de diferentes sectores. Os números são reveladores do problema: 93% dos empregadores revelou sentir a existência de uma lacuna de competências. A competência mais procurada é relativa à utilização de ferramentas de Inteligência Artificial, seguindo-se o apoio técnico informático, a cibersegurança e a análise de dados.
Neste contexto, o Diretor de Psicometria da Microsoft, Liberty Munson, aconselha as organizações a ativamente procurarem “colmatar esta lacuna de competências na sua força de trabalho”. Tal pode ser alcançado, explica,fornecendo oportunidades para realizar formações que respondam às necessidades identificadas. A Plataforma NAU é uma das ferramentas à disposição das empresas e organizações para processos formativos massivos integrados em estratégias de upskilling. Cursos como o “Gestão de Riscos de Cibersegurança nas Organizações”, da .PT, ou o “Participação e Igualdade de Género nas TIC”, da InCode.2030, são alguns exemplos de sucesso nas áreas das TIC em contexto corporativo.As entidades interessadas podem contactar a equipa da NAU para obter mais informações aqui: https://www.nau.edu.pt/pt/parceiros/como-se-tornar-parceiro/
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