“[Este é o] mês dedicado a tomarmos consciência coletiva da importância do investimento no capital humano". A frase, dita pelo Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, no lançamento da iniciativa Mês das Competências Digitais, resume os objetivos do projeto criado pelo Governo em 2022 – sensibilizar para a importância da literacia digital enquanto conjunto de aprendizagens e competências essencial no mundo contemporâneo. 

A literacia digital consiste nas habilidades e competências necessárias para apresentar, trocar ou produzir informação, bem como comunicar e participar em redes colaborativas via Internet, explica a Comissão Europeia. Num contexto em que, por exemplo, a procura de informação, a busca de emprego, as transações comerciais ou até as interações entre cidadãos são mediadas por tecnologias digitais, estas habilidades são absolutamente essenciais.

Essa é a razão pela qual diversos países têm traçado metas de qualificação digital da população. Portugal não é excepção e tem como objetivo, até 2030, fixar os níveis de literacia digital nos 80%. O indicador global da Comissão Europeia neste domínio – o Global Skills Indicator 2.0 – revela que, em 2021, 45% dos cidadãos portugueses tinham ainda conhecimentos de literacia digital abaixo do nível baixo. 18%, em particular, não eram utilizadores da Internet.

A missão da qualificação digital

“Estimular a literacia digital” é um dos objetivos fundadores da Plataforma NAU. Na sua visão, a NAU vê os cursos massivos, abertos e online (MOOCs) como uma forma de levar competências essenciais a comunidades alargadas. Esta capacidade faz com que a NAU seja uma das ações transversais da Portugal InCoDe.2030, que se assume como “uma iniciativa integrada de política pública dedicada ao reforço de competências digitais”. 

No âmbito do programa, explica a INCoDe.2030, o conceito de competências digitais é assumido “de forma abrangente, compreendendo a noção de literacia digital”, ou seja, “da capacidade de aceder, de forma autónoma, aos meios digitais e às TIC, para compreender e avaliar criticamente conteúdos, e comunicar eficazmente”. Também inclui tarefas como “a produção de novos conhecimentos através de atividades de investigação”.

Uma das ações do INCoDe.2030 passou pela publicação de nove cursos na Plataforma NAU. Estas formações focam as várias dimensões associadas às competências digitais, como comunicação, colaboração, gestão de informação, criação e edição de conteúdos e proteção digital, entre outras. 

As formações ficam agora disponíveis a todos os interessados na Plataforma NAU, com o objetivo de desenvolver as competências digitais na sociedade capacitando a população portuguesa.