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ArticleExact Sciences and TechnologyTraining and Education05/17/2024
Uma das principais tendências da última década tem sido o crescimento da chamada economia “freelance”. De acordo com a Forbes, no último quadrimestre de 2022, 40% das empresas comunicaram contratar mão de obra em regime de freelance, revelando ainda que 53% transformaram postos de trabalho a tempo inteiro em posições com funções desempenhadas por “freelancers”.
Para além destas mudanças organizacionais, o crescimento de soluções digitais para prestação de serviços tem levado ao fortalecimento da chamada “Gig Economy”. De acordo com um relatório da McKinsey de 2022, cerca de 36% de todas as pessoas empregadas nos Estados Unidos da América identificam-se como “trabalhadores independentes”. Esta mudança paradigmática no mercado de trabalho aumenta a importância da aposta na gestão de carreira e na formação profissional, nomeadamente através de cursos online.
Se há algumas décadas, a procura de emprego passava pelo recurso a jornais e revistas ou a telefonemas para potenciais empregadores, a realidade é hoje muito diferente. Para além do impacto da Internet no acesso à oferta de emprego (recurso a sites especializados, portais de empresas e grupos económicos, entre outras fontes), o crescente protagonismo das redes sociais veio revolucionar a relação entre trabalhador e empregador.
Atualmente, a gestão eficaz de uma página na rede LinkedIn, por exemplo, é vista como um passo essencial para a procura eficaz de emprego e para a melhor gestão da carreira. De acordo com a Harvard Business Review, cerca de 70% dos empregadores visitam os perfis das redes sociais e 54% dizem ter rejeitado candidatos a partir da informação encontrada.
Uma tendência claramente reforçada com a pandemia da Covid-19, o teletrabalho ou trabalho remoto é hoje uma realidade em muitos dos sectores de atividade. De acordo com as estatísticas partilhadas pela Forbes, em 2023, 12,7% dos trabalhadores a tempo inteiro trabalham a partir de casa, enquanto cerca de 28,2% seguem um modelo híbrido.
A possibilidade está associada às características do trabalho, sendo que, à medida que o paradigma da Indústria 4.0 toma forma, é expectável que esta oportunidade chegue a novos sectores. Neste momento, os sectores de Tecnologias de Informação, Marketing e Contabilidade são os que mais possuem trabalhadores em teletrabalho.
A Internet veio também mudar a forma como aprendemos. Tendo em conta que o acesso à informação e conhecimento é hoje muito diferente, o processo educativo e formativo tem tendência para ser mais colaborativo, personalizado e centrado na autonomia e capacidade de pesquisa.
Por outro lado, a disrupção criada pelas tecnologias digitais trouxe consigo uma necessidade de rápida adaptação por parte das empresas e organizações a novos desafios e oportunidades, em que a formação profissional online é um elemento-chave. Cursos centrados nas novas ameaças de cibersegurança ou ferramentas digitais especializadas são apenas alguns exemplos.
O alerta era dado pela OCDE já em 2014: “A Internet está a operar mudanças no mercado de trabalho, sendo que os trabalhadores vão necessitar de novas competências para beneficiar dos potenciais ganhos de produtividade”. Uma década depois, fica claro que a visão partilhada pela OCDE é hoje uma realidade.
A chegada da Internet fez com que certas competências sejam hoje apontadas como fundamentais para o mercado de trabalho: capacidade de comunicação, de aprender de forma autónoma, de pensamento crítico, para além das competências digitais no uso de várias ferramentas. Esta realidade mostra a importância de facilitar a transição digital de todos os cidadãos, garantindo um mercado de trabalho inclusivo e igualitário.
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