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News01/18/2024
A Educação tem estado no centro do debate sobre a aplicabilidade de soluções baseadas em Inteligência Artificial generativa. Principalmente, porque estas permitem que os estudantes possam, em poucos segundos, gerar respostas ou mesmo trabalhos mais longos, sem necessitarem de recorrer a outras fontes. A ligação, contudo, deve ser vista como mais abrangente.
“A inteligência artificial tem o potencial de responder a alguns dos maiores desafios da Educação de hoje”, destaca a UNESCO. Segundo a organização, a IA tem uma grande importância no “acesso ao conhecimento, investigação e à diversidade de expressões culturais”, sendo, porém, relevante assegurar que estas tecnologias “não vão aumentar as divisões entre e no seio dos países”.
Mas ainda surgem outras oportunidades para o setor da Educação, como a possibilidade de gerar percursos de aprendizagem individualizados, a garantia de acesso universal para todos os estudantes, a automatização de tarefas administrativas ou a possibilidade de dar mentoria fora da sala de aula e em todos os momentos.
Uma das vantagens associadas às modalidades de educação digital é a possibilidade de análise de dados. O tratamento da informação, nomeadamente sobre os formandos – denominada de learning analtytics – pode ter um impacto positivo no ajuste às suas necessidades específicas e na criação de experiências mais eficazes e de uma oferta formativa mais completa.
Um relatório da McKinsey datado de 2022 aborda a questão, concluindo que, “para crescer e competir, os fornecedores de educação digital podem beneficiar da utilização de dados para tomar decisões de forma rápida”. Nesse sentido, de acordo com a McKinsey, o investimento em tecnologias de outras áreas da economia digital será fundamental para conseguir a melhor preparação para um contexto em que o mercado da educação online é “cada vez mais competitivo”. “Criar o caminho para uma nova fronteira na educação online é uma tarefa exigente, mas aqueles que o conseguirem fazer vão aumentar o seu impacto enquanto apoiam os estudantes”, concluem.
O conceito de aprendizagem imersiva pressupõe a utilização de ferramentas tecnológicas como a inteligência artificial, realidade aumentada, automação ou realidade virtual. O objetivo é, contudo, único: facilitar aprendizagens.
Segundo Lorne Fade na revista Forbes, a crescente popularidade de tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada junto dos líderes na indústria educativa tem como base quatro tipos de interação sensorial – a visual, auditiva, leitura e cinética.
As vantagens desta possibilidade são destacadas por Bernard Marr, num outro artigo na mesma publicação: “com ambientes de realidade virtual, os estudantes podem explorar o que os rodeia, interagir com objetos e até colaborar com outros em projetos ou simulações”. A utilização de gráficos, vídeos ou interação virtual pode ainda ter como objetivo simular cenários reais de trabalho, permitindo colocar competências em prática em modelos de aprendizagem baseados em cenários, por exemplo.
Num artigo que elenca “As cinco principais tendências do setor da Educação em 2023”, a revista Forbes destaca o papel que plataformas como a EdX, Coursera, Udemy ou Udacity – um grupo em que se insere também a NAU – têm na implementação de novos modelos de aprendizagem. Em particular, são referidas as suas metodologias de microlearning e nanolearning.
Mas em que consistem, afinal, estes conceitos? De acordo com a plataforma LinkedIn, o microlearning é uma forma de aprendizagem online que consiste em pequenos módulos de conteúdo que podem ser realizados em poucos minutos. Podem incluir vídeos, quizzes, podcasts, infografias, jogos ou cenário interativos. “Esta abordagem pode ajudar os formandos a ultrapassar a saturação cognitiva, aumentar a motivação e a reforçar os objetivos de aprendizagem”, explica.
Já o nanolearning, considerado uma metodologia específica dentro do microlearning, aposta em conteúdos (ainda) mais curtos, que podem ser completados em alguns segundos apenas. Este método utiliza ferramentas como “flashcards, dicas, lembretes ou notificações que oferecem informação ou apoio atempadamente”, explica a plataforma LinkedIn Learning. A entidade refere ainda que “o nanolearning pode ajudar os formandos a melhorar a sua memória e performance”.
Uma das potencialidades que, ao longo dos últimos anos, se tem consolidado é a forma como os recursos tecnológicos podem facilitar a implementação de estratégias de gamificação – a integração de elementos ou processos utilizados em jogos num contexto de aprendizagem. “A gamificação na Educação envolve elementos como pontuação, competição entre pares ou colaboração entre estudantes”, detalha a plataforma Moodle.
"A formação gamificada bem estruturada pode melhorar significativamente a performance”, destaca a Harvard Business Review. Para tal, a publicação explica que é necessário garantir que as aulas são conduzidas cuidadosamente, incorporando elementos como a progressão por desafios ou níveis, feedback instantâneo e competição. No mesmo sentido, outras investigações têm concluído que a gamificação pode levar a maiores índices de motivação, interação e retenção de informação, desenvolvendo ainda competências como resolução de problemas ou pensamento crítico.
O portal Yahoo Finance destaca ainda a forma como a gamificação “tem permitido aos professores trabalharem nos seus métodos de ensino e criarem ambientes inclusivos para estudantes com necessidades especiais”.
O mobile learning consiste numa modalidade de educação realizada através de dispositivos móveis como smartphones ou tablets. Por essa razão, os conteúdos educativos apostam sobretudo em vídeos, animações, jogos ou quizzes, por exemplo. A aposta em elementos de “social learning“ (como fóruns) e a possibilidade de fazer download dos conteúdos para momentos de aprendizagem offline são outras características que marcam esta área.
A revista Finance Monthly explica que esta abordagem tem sido adoptada por muitas empresas para promover a flexibilidade da formação em contexto de trabalho, detalhando nove vantagens associadas a esta metodologia – flexibilidade no método de ensino-aprendizagem, acessibilidade, interatividade e redução de custos são alguns dos exemplos.
A importância do mobile learning é visível em soluções de aprendizagem muito populares, como as aplicações Duolingo (cerca de 575 milhões de utilizadores), Google Classroom (com mais de 150 milhões de utilizadores) ou Khan Academy (cerca de 135 milhões de registos). Também os números registados na NAU colocam em evidência esta tendência, uma vez que entre 40 a 45% do total utilizadores realiza cursos na plataforma com recurso ao telemóvel.
De acordo com a Comissão Europeia, as microcredenciais tratam-se de qualificações que certificam resultados de aprendizagem resultantes de cursos curtos, podendo, por isso, ser garantidas pelos cidadãos em várias modalidades de aprendizagem: presencial, online ou blended.
Independentemente da forma como são realizadas, a Comissão Europeia vê nas microcredenciais uma oportunidade de aprendizagem, no contexto dos sistemas de ensino e formação europeus. Tendo em conta as suas características, estas novas formas de creditação são um método de aprendizagem extremamente flexível e inclusivo, ao permitirem a aquisição de competências adequadas a diferentes perfis e necessidades.
Estas qualificações de curta duração são úteis, por exemplo, para quem pretende complementar o seu conhecimento ou para quem quer requalificar-se, procurando um novo posicionamento no mercado de trabalho.
Estas são algumas das principais tendências que aliam tecnologia e educação e que podem ser exploradas nos diversos cursos da NAU - Sempre a aprender.
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