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Reabertura da Catedral de Notre-Dame: lições e impacto na conservação do património em Portugal

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ArtigoArtes e Cultura

05/06/2025

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Terminam hoje as cerimónias de reabertura da Catedral de Notre-Dame, simbolizando um novo capítulo na conservação do património mundial. Saiba como Portugal está a reforçar a proteção dos seus monumentos históricos.

O incêndio que consumiu a cobertura e a agulha central da catedral, em 2019, mobilizou uma resposta global sem precedentes. Foram arrecadados 846 milhões de euros por 340 mil doadores de 150 países. A reconstrução envolveu 250 empresas e centenas de artesãos, num investimento de cerca de 700 milhões de euros, combinando técnicas tradicionais, como a escultura manual em madeira de carvalho, com tecnologias modernas. Hoje, 5 de junho de 2025, terminam as cerimónias oficiais da reabertura deste monumento histórico.

De acordo com a SIC Notícias, o restauro da catedral envolveu “técnicas inovadoras como impressão em 3D”, para que fosse possível criar réplicas precisas de todos os elementos danificados. A National Geographic refere ainda que a recuperação do edifício incluiu a digitalização a laser que permitiu “medir as deformações do edifício desde a sua construção inicial”. Por outro lado, a microscopia também foi utilizada para “examinar as pedras caídas da abóbada, o que ajudou  a determinar a sua resistência” e, dessa forma, avaliar a eventual necessidade de substituição. 

Durante o processo de restauração, foram descobertos elementos arquitetónicos inéditos, como agrafos de ferro utilizados na construção original, que proporcionaram novas perspetivas sobre as técnicas medievais utilizadas na construção da Catedral. Além disso, a descontaminação do chumbo presente nas estruturas exigiu abordagens inovadoras para garantir a segurança dos trabalhadores e do público visitante.

A reconstrução trouxe ainda novidades do ponto de vista dos sistemas de segurança. O portal brasileiro “O Globo” explica que“houve investimentos em sistemas mais avançados de hidrantes internos”.Para além de tecnologias de supressão de incêndios e um sistema integrado de alarme de última geração - que também inclui o monitoramento de ar em toda a estrutura e uma série de câmeras térmicas - foram instaladas duas paredes corta-fogo, dividindo o sótão e o telhado em três áreas distintas. 

Reflexos em Portugal: reforço na conservação do património 

Oimpacto do restauro de Notre-Dame estendeu-se a Portugal, impulsionando investimentos significativos na conservação do património nacional.  O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em Portugal, por exemplo, através do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, visa mitigar riscos em edifícios de elevado valor arquitetónico, histórico e artístico, assegurando a preservação das coleções de património móvel para as gerações futuras.  

Este plano reforçou em 40 milhões de euros o investimento em património, totalizando 190 milhões de euros, como destacado pelo Expresso. Este reforço financeiro destina-se à reabilitação e conservação do património cultural nacional e abrange mais 29 monumentos, sítios arqueológicos e museus em todo o país, incluindo as regiões autónomas. 

Um dos exemplos é o Teatro Nacional de São Carlos, encerrado em 2024 e com previsão de reabrir ao público em 2026, para obras de conservação financiadas pelo PRR.Ainda na notícia do Expresso, o então ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva,destacou que esta reprogramação dá prioridade a investimentos em monumentos, sítios e museus com projetos que podem ser executados dentro do horizonte temporal do PRR. Além disso,há uma ênfase em responder aos riscos decorrentes de fenómenos meteorológicos extremos, com intervenções que visam garantir a estabilização e conservação estrutural de muralhas, castelos e sítios arqueológicos.

Em maio de 2025, Portugal sediou a Conferência Internacional “Património resiliente face a catástrofes e conflitos”, organizada pelo Património Cultural, Instituto Público em conjunto com o ICOMOS Portugal. Durante o evento, a vice-presidente do ICOMOS, Ana Paula Amendoeira, apresentou o projeto Blue Shield Portugal, uma estrutura transnacional que visa a prevenção do risco em bens culturais perante situações extremas. "Portugal era um dos poucos países europeus onde ainda não existia este comité. Apresentei uma proposta com conteúdo metodológico e várias cartas de apoio institucionais e a autorização foi concedida”, explicou ao portal “O Digital”.

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