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A importância da Comunicação de Ciência para a sociedade

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ArtigoComunicação e Marketing

16/05/2025

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No dia Nacional dos Cientistas, refletimos sobre a importância da Comunicação de Ciência e os seus desafios na era digital. Saiba ainda como a NAU pode contribuir para uma boa comunicação de ciência.

Ao longo dos últimos anos, Portugal tem sido dos países europeus com maiores índices de reconhecimento das mais-valias da Ciência. O Eurobarómetro sobre Ciência e Tecnologia de 2021 evidenciava a maior taxa entre todos os países europeus. De acordo com o inquérito, 99% dos cidadãos portugueses acreditava que o impacto da ciência e da tecnologia na sociedade é positivo, um valor consideravelmente superior à média europeia de 86%.

Contudo, ao longo dos últimos anos, como recorda a revista Postal, outras tendências na relação com a Ciência têm-se evidenciado, dando a entender alguma dificuldade em distinguir factos científicos de teorias falsas. “Os dados do inquérito (de 2024) indicam que 18% dos portugueses acreditam que os seres humanos não evoluíram de uma espécie anterior - mais do dobro dos 8% registados em 2021”, explicam, realçando o impacto da proliferação da desinformação digital e o papel das estratégias eficazes de comunicação científica para a mitigação destes efeitos.  

O papel de comunicar ciência

É neste contexto que a comunicação de ciência tem vindo a ser entendida como cada vez mais relevante. O portal Science Europe destaca como, num mundo cada vez mais “polarizado, diverso e volátil”, a comunicação científica “é chave para a que o debate e a criação de legislação na sociedade seja informada”. Nesse sentido, reforçam, este tipo de comunicação deve “informar e envolver os cidadãos, criando uma compreensão pública da investigação e fornecendo provas relevantes para os desafios societais”. 

A mesma ideia é salientada pela profissional da área da Comunicação e Imagem da Universidade de Lisboa, Ana Subtil Simões. “Não basta produzir conhecimento científico de elevada qualidade para que este seja reconhecido pelo público como tal”, começa por sublinhar, antes de acrescentar que “a importância da comunicação científica como forma de legitimação do conhecimento”. 

No mundo digital, a Internet e as redes sociais tornaram-se canais privilegiados para a divulgação científica. Para que a ciência chegue a um público mais vasto, é benéfico que os investigadores desenvolvam também eles competências específicas de comunicação digital: saber adaptar a linguagem ao público, recorrer a formatos visuais e interativos e utilizar essas plataformas para explicar conceitos complexos de forma acessível. Esta presença digital deverá não apenas aumentar o alcance da investigação como também combater a desinformação, promovendo um diálogo mais próximo com a sociedade. 

Como sublinha António Granado, professor da Universidade NOVA de Lisboa, “Precisamos de mais cientistas a intervir nos media, na Internet, nos museus e centros de ciência, nas redes sociais. Precisamos que nos alimentem a curiosidade inata, nos falem do fascínio da descoberta, nos esclareçam que é saudável questionar”, em Comunicar (ciência) é preciso.

“Torna-nos melhores”

Tendo em conta esta relevância, a Universidade de Lisboa tem desenvolvido iniciativas como a competição “3 Minutos de Tese” (3MT), que pretende garantir aos estudantes de doutoramento a oportunidade de desenvolver competências de comunicação, desafiando a comunicar as suas ideias e conclusões de forma criativa e simples, recorrendo a um único dispositivo. “Acho que comunicar ciência é uma parte fundamental do trabalho de qualquer cientista. Comunicar, torna-nos melhores alunos, investigadores e, sobretudo, professores”, destaca, em entrevista, um dos finalistas da edição de 2024, Nuno Gonçalves.

E os desafios?

A nível institucional, um estudo da investigadora do CIES-Iscte, Marta Entradas, focado nos desafios enfrentados pelos investigadores nesta área em particular, conclui, a partir de uma análise comparativa de quatro países europeus, que “a comunicação de ciência ainda não é uma prioridade para muitos gabinetes de comunicação” das instituições de ensino superior. O portal do CIES explica que, de acordo com os autores, “isto acontece porque a comunicação de ciência está associada a uma cultura ‘promocional’ das próprias universidades com o propósito de uma maior visibilidade, ao invés do compromisso e envolvimento com o público, nomeadamente em questões relacionadas com financiamentos ou carreiras científicas”. 

Já no campo digital, como já foi referido anteriormente, as redes sociais podem ser meios privilegiados para levar a ciência ao cidadão comum. Mas existe também um reverso da medalha perigoso: informações falsas ou distorcidas sobre ciência podem minar a credibilidade de especialistas, influenciar políticas públicas e, no pior dos casos, colocar vidas em risco. 

Um exemplo paradigmático foi a pandemia de COVID-19. Durante este período, plataformas como o Facebook e grupos de WhatsApp tornaram-se veículos de teorias da conspiração, prejudicando a adesão às medidas de saúde pública. Muitos portugueses partilharam conteúdos enganosos sem verificação prévia, baseados em vídeos manipulados ou falsos testemunhos de “especialistas”. Este cenário reforça a importância de fortalecer a literacia científica e mediática, bem como a necessidade de uma comunicação clara e baseada em evidências por parte das autoridades de saúde.

Cursos online: uma forma de comunicar ciência

Uma forma de comunicar ciência o meio digital pode passar por cursos online. Produzir um MOOC (cursos online, massivos e abertos) pode trazer benefícios significativo quer para os investigadores, quer para o cidadão comum. Para além de aumentar a visibilidade do trabalho de um cientista e dos resultados da sua investigação, facilita a disseminação do conhecimento científico para um público mais amplo e auxilia na comunicação e divulgação dos resultados da investigação.

Aplataforma NAU implementou recentemente o serviço de atribuição de DOI a cursos resultantes de projetos de investigação. O DOI (Digital Object Identifier)é um identificador digital exclusivo que permite referenciar permanentemente um documento ou objeto digital, garantindo que a sua hiperligação permaneça acessível, independentemente de eventuais mudanças nos URLs. Esta tecnologia é amplamente utilizada em publicações científicas para facilitar a citação e a rastreabilidade dos resultados da investigação, promovendo a colaboração académica e fortalecendo a reputação dos autores. Esta funcionalidade ganha especial relevância no contexto digital, permitindo que MOOCs possam ser divulgados e encontrados com maior facilidade, aumentando o seu impacto e fiabilidade. A associação de um DOI a um curso online valoriza o conteúdo científico nele presente e reforça a sua credibilidade junto de diversos públicos.

Parasaber mais sobre este serviço, consulte a nossa página de ajuda.

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